sexta-feira, 28 de março de 2014

Conceitos Módulo 9 Unidade 1

Perestroika: reestruturação profunda do funcionamento do modelo soviético empreendida por M. Gorbatchev, a partir de 1985. Tendo um carácter marcadamente económico, a perestroika assumiu também uma vertente política (a glasnost) que procurou reconciliar o socialismo e a democracia. Embora não pretendesse pôr em causa o regime, o fracasso económico da perestroika e a torrente de contestação interna que a acompanhou acabaram por conduzir ao colapso do bloco soviético e da própria URSS, no início dos anos 90.

Cidadania europeia: criada pelo Tratado da União Europeia, a cidadania da União é cumulativa com a cidadania nacional e exprime-se pelo direito de voto nas eleições europeias e autárquicas na zona de residência do cidadão, independentemente desta se situar no seu país de origem. Estabelece ainda o direito de apresentar propostas (coletivas) à Comissão Europeia, endereçar petições ao Parlamento Europeu, apresentar queixas e beneficiar de proteção diplomática, nos países terceiros, por parte das embaixadas ou consulados de qualquer dos estados-membros, caso não existam delegações do país de origem.

Tribalismo: apego forte a um grupo (étnico, cultural, familiar,...) que leva à rejeição dos outros grupos considerados estrangeiros e, muitas vezes, inimigos. O sentimento de pertença a um grupo particular e o acatamento das ordens dadas pelos seus líderes impede a formação da identidade nacional quando, num Estado, coexistem várias "tribos".

Fundamentalismo islâmico: o fundamentalismo representa um reação extremista à ocidentalização sofrida pelas sociedades muçulmanas durante o domínio estrangeiro. Os fundamentalistas consideram-se os únicos depositários da verdadeira fé, que pretendem preservar, na íntegra, de acordo com os ditames do Corão, por cujas regras se orienta o poder civil e religioso, fundidos num só. A vaga de fundamentalismo que assola o mundo árabe teve o seu epicentro no Irão, onde os fundamentalistas tomaram o poder, em 1979. Na década seguinte alimentou-se da questão palestiniana e da luta afegã contra o invasor soviético. A partir dos 90, tem-se manifestado pela multiplicação de organizações de cariz terrorista, empenhadas na Jihad (Guerra Santa) contra o Ocidente ou contra dirigentes muçulmanos considerados traidores.

Sionismo: movimento de cariz político-religioso fundado, no fim do século XIX, por Theodor Herzl com o objetivo de criar um Estado hebraico na Palestina (identificada pelo vocábulo "Sião"). O sionismo advoga o regresso dos judeus espalhados pelo Mundo à sua pátria original. Em função deste ideal, o Estado hebraico promulgou, em 1950, a "lei do regresso", que confere a nacionalidade israelita a qualquer parte do mundo, que pretenda habitar no território.


Imagem simbolizadora do perestroika

Módulo 8 Unidade 3

Expressionismo abstrato: termo que designa um conjunto de tendências pictóricas nos anos 40 e 50 do século XX. Têm em comum a substituição do figurativismo pelo abstracionismo, no qual integram processos técnicos de execução das formas e de aplicação da cor influenciados pelo surrealismo e pelo expressionismo.

Pop art: literalmente, significa arte popular, pretendendo exprimir a aproximação à cultura e aos meios de comunicação de massas. Desenvolveu-se nos finais dos anos 50 e nos anos 60 do século XX, tendo integrado objetos e temos da sociedade de consumo no mundo da arte.

Arte conceptual: movimento artístico internacional dos anos 60 e 70 do século XX, que se caracteriza por secundarizar a obra de arte enquanto objeto físico, privilegiando o conceito ou a ideia que lhe está subjacente.

Existencialismo: corrente filosófica surgida na Europa, no período entre as duas guerras mundiais, que centra a sua reflexão na liberdade individual, privilegiando a existência não como um atributo do ser mas como experiência pessoal. Distingue-se um existencialismo ateu, de que o grande representante é Sartre, de um existencialismo cristão, perfilhado, entre outros, por Gabriel Marcel e K. Jaspers. Enquanto o primeiro nega a existência de Deus, o segundo substitui a transcendência moral pelo amor interpessoal.

Ecumenismo: movimento que preconiza a união de todas as igrejas cristãs. Os contactos tornaram-se frequentes depois da Primeira Guerra Mundial e convergiam na criação do Conselho Ecuménico das Igrejas (COE), em 1948. Ruindo em Genebra, conta, sobretudo, com a colaboração de ortodoxos e de protestantes. Embora a Igreja Católica não seja membro do Conselho, não tem deixado d enviar observadores às suas assembleias desde o pontificado de João XXIII.

Ecologia: ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o ambiente. As grandes preocupações ambientalistas datam dos anos 60 e motivaram a criação de associações para a proteção da Natureza. Apolíticas e com grande influência do movimento pacifista, essas organizações veriam a sua ação completada com o desenvolvimento, já nos anos 80, dos partidos ecologistas.

Movimento pacifista: conjunto de ações, como manifestações, marchas e boicotes, protagonizadas em grande parte pelos jovens, como repúdio ao envolvimento dos EUA na guerra do Vietname e ao clima de insegurança que pairava no Mundo.

Contracultura: estilo de vida juvenil que denuncia os valores materialistas da sociedade capitalistas, aos quais contrapõe a ausência de regras sociais e morais, o espiritualismo, o pacifismo e o regresso à Natureza. Este fenómeno idealista, que conduziu muitos jovens dos EUA e da Europa à automarginalização nos anos 60, teve raízes nos costumes libertários e nos gostos artísticos da geração beat (boémios e intelectuais americanos da década de 50).


Imagem simbolizadora da Pop Art

Conceitos Módulo 8 Unidade 2

Oposição democrática: termo que designa, correntemente, a oposição legal ou semilegal ao Estado Novo, a partir de 1945. Aproveitando a relativa abertura proporcionada pela revisão constitucional desse mesmo ano, as forças oposicionistas passam a ter maior visibilidade, sobretudo nas épocas eleitorais, em que lhes é permitido que atuem legalmente, embora com inúmeras restrições.

Poder popular: poder direto do povo, que toma em mãos a resolução dos seus problemas e a gestão dos meios de produção. Exerce-se, normalmente, através de conselhos ou comissões eleitas que agem em nome da população que representam. O poder popular é um conceito revolucionário, ligado à ideologia marxista.

Nacionalização: apropriação pelo Estado de uma unidade de produção privada ou de um setor produtivo. Ao contrário de "estatização", a nacionalização não determina a perda da personalidade jurídica e da autonomia financeira. Portugal não acompanhou o processo de nacionalizações que se registou na Europa após a Segunda Guerra Mundial. Em contrapartida, na sequência do 25 de abril, foram nacionalizadas, num curto espaço de tempo, as instituições financeiras, as empresas ligadas aos setores económicos mais importantes, bem como grandes extensões de terra agrícola.

Reforma agrária: processo de coletivização dos latifúndios do Sul do país, que decorreu entre 1975 e 1977. São traços característicos da reforma agrária a ocupação de terras pelos trabalhadores, a sua expropriação e nacionalização pelo Estado e a constituição de Unidades Coletivas de Produção (UCP).



Cartaz de propaganda da reforma agrária

Conceitos Módulo 8 Unidade 1

Descolonização: processo de involução do imperialismo europeu. O termo aplica-se, sobretudo, ao período subsequente à Segunda Guerra Mundial, altura em que, num curto espaço de tempo, se tornaram independentes as colónias da Ásia e da África.

Guerra Fria: num sentido amplo, a expressão designa o clima de tensão e antagonismo entre o bloco soviético e o bloco americano (1947-1985, aprox.). Numa aceção mais restrita, a Guerra Fria corresponde à primeira fase desse mesmo afrontamento (de 1947 a 1955, aprox.). São características salientes da Guerra Fria a corrida aos armamentos, com particular relevância para o nuclear, a proliferação de conflitos localizados e crises militares nas mais diversas zonas do Mundo bem como uma visão simplista e extremada do bloco contrário.

Social-democracia: corrente do socialismo que teve origem nas conceções defendidas por Eduard Bernstein, na II Internacional (1899). A social-democracia rejeita a via revolucionária proposta por Marx, opondo-lhe a participação no jogo democrático, como forma de atingir o poder, e a implementação de reformas socializantes, como meio de melhorar as condições da vida das classes trabalhadoras.

Democracia cristã: corrente política inspirada pela doutrina social da Igreja. A democracia cristã pretende aplicar à vida política os princípios de justiça, entreajuda e  valorização da pessoa humana que estiveram na base do cristianismo. Deste modo, embora de índole conservadora, esta ideologia defende que a democracia não se limita à aplicação das regras do sufrágio universal e da alternância política, mas tem por função assegurar o bem-estar dos cidadãos.

Sociedade de consumo: sociedade de abundância característica da segunda metade do século XX. Identifica-se pelo consumo em massa de bens supérfluos, que passam a ser encarados como essenciais à qualidade de vida. A sociedade de consumo é também  identificada com a sociedade do desperdício, já que a vida útil dos bens é artificialmente reduzida pela vontade da sua renovação.

Democracia popular: designação atribuída aos regimes em que o Partido Comunista, afirmando representar is interesses dos trabalhadores, se impõe como partido único, controlando as instituições do Estado, a economia, a sociedade e a cultura.

Maoísmo: forma particular de marxismo aplicada na China por Mao Tsé-Tung. O maoísmo defende a viabilidade de uma revolução comunista liderada pelos camponeses, sem o concurso do operariado. Segundo Mao, uma revolução profunda e autêntica implica um processo longo durante o qual as mudanças revolucionárias devem emanar das massas e nunca ser impostas pelas estruturas governativas.

Movimentos nacionalistas: movimentos que visam a recuperação da identidade cultural e nacional dos povos colonizados. Estes movimentos adquiriram rapidamente uma dimensão política, exigindo a autodeterminação dos territórios coloniais e constituindo-se nos partidos que lideraram, quer pela via negocial, quer pela força das armas, o processo de autodeterminação dos novos países.

Terceiro Mundo: conceito elaborado, em 1952, pelos economistas franceses A. Sauvy e G. Balandier, para designar os países excluídos do desenvolvimento económico. Geograficamente, o Terceiro Mundo estende-se pelo Sul do Globo, abrangendo a América Latina, a África e a Ásia de Sul e Sudeste (com exceção do Japão). Porém, nas últimas décadas, a emergência dos NPI (Novos Países Industrializados) tem reconfigurado, de forma significativa, a área geográfica do Terceiro Mundo.

Neocolonialismo: forma de dominação que sucede ao colonialismo e se exerce de forma indireta, financeira e económica das nações mais desenvolvidas. Embora de carácter essencialmente económico, o neocolonialismo pode também manifestar-se no campo político e cultural.



Imagem simbolizadora da descolonização 


Módulo 7 Unidade 3




Imagem simbolizadora do Módulo 7 Unidade 3

Módulo 7 Unidade 2

Crash (craque) bolsista: termo empregue nas operações financeiras de bolsas de ações para caracterizar a quebra dos valores dos papéis e títulos postos à venda. O maior crash conhecido foi o ocorrido em outubro de 1929, nos Estados Unidos.

Deflação: situação económica, geralmente de crise, caracterizada por uma diminuição dos preços, do investimento e da procura, acompanhada de uma progressão do desemprego. Frequentemente, são os estados que originam essa situação no intuito de combater a inflação dos meios de pagamento, a especulação e a alta de preços. Para o efeito, diminuem a quantidade de papel-moeda, restringem o crédito e reduzem os gastos do Estado.

Totalitarismo: sistema político, no qual o poder se concentra numa só pessoa ou no partido único, cabendo ao Estado o controlo da vida social e individual.

Fascismo: sistema político instaurado por Mussolini na Itália, a partir de 1922. Profundamente ditatorial, totalitário e repressivo, o fascismo suprimiu as liberdades individuais e coletivas, defendeu a supremacia do Estado, o culto de chefe, o nacionalismo, o corporativismo, o militarismo e o imperialismo. Por extensão, o termo fascismo designa também todos os regimes totalitários de direita e até mesmo simples regimes autoritários.

Nazismo: sistema político instaurado por Hitler na Alemanha a partir de 1933. Para além de perfilhar os princípios ideológicos do fascismo, distinguiu-se pelo racismo violento, fundamentando-o numa suposta superioridade biológica e espiritual do povo ariano, ao qual pertenceriam os alemães. Ao Estado nazi - erigido em Estado racial - incumbiria não só a preservação  da raça superior, libertando-a do contacto com os elementos impuros - daí as perseguições aos judeus -, mas também a sua expansão - donde a teoria do "espaço vital" e o imperialismo alemão.

Corporativismo: forma de organização socioeconómica que aceita a propriedade privada, mas estabelece como necessária a intervenção do Estado no sentido de tomar aquela socialmente útil. Para tal, defende a constituição de corpos profissionais (corporações) de trabalhadores, patrões e serviços, que conciliam os seus interesses de modo a promoverem a ordem, a paz e a prosperidade, ou seja, o bem-estar geral.

Propaganda: conjunto de meios destinados a influenciar a opinião pública. Nos estados totalitários, a propaganda procura inculcar nas massas a sua ideologia e os seus valores culturais e morais. Entre os meios utilizados, citam-se os discursos, a imprensa, panfletos, cartazes, a rádio, o cinema, a televisão, marchas, canções, uniformes, emblemas, manifestações.

Antissemitismo: termo que, do ponto de vista linguístico, significa hostilidade aos judeus. Do ponto de vista histórico, as perseguições antissemitas relacionam-se com o triunfo da religião cristã (os judeus não reconheceram Cristo e pediram a Pilatos a sua morte) e atingiram as comunidades judaicas espalhadas pela Europa. Na altura da Peste Negra e de outras epidemias, os judeus eram vistos como as origens do mal, sendo acusados de envenenarem fontes. Na Península Ibérica, os judeus convertidos ("cristãos-novos") foram as grandes vítimas da Inquisição nos séculos XVI a XVIII. No século XIX, o antissemitismo assumiu, em alguns países europeus, o carácter de racismo, ao identificar o povo judeu com uma raça inferior e destruidora. Esta forma de antissemitismo atingiu o auge em pleno século XX, na Alemanha nazi, originando a morte de milhões de judeus.

Genocídio: política praticada por um governo visando a eliminação em massa de grupos étnicos, religiosos, económicos ou políticos. Embora a História tenha registado uma grande quantidade de genocídios, foram os regimes totalitários que levaram a extremos indiscutíveis a prática do genocídio. O genocídio judaico durante a Segunda Guerra Mundial é também apelidado de Holocausto ou, em hebreu, de Shoah (catástrofe).

Intervencionismo: papel ativo desempenhado pelo Estado no conjunto das atividades económicas a fim de corrigir os danos ou os inconvenientes sociais derivados da aplicação escrita do liberalismo económico. Concretizou-se no controlo dos preços, em leis sobre os salários, na legislação do trabalho e social. O intervencionismo esteve também na origem da participação do Estado como empresário e produtor de serviços públicos. Entre estes, contam-se a produção e a distribuição de energia, os caminhos de ferro, os correios, os telefones.

New Deal: literalmente, significa nova distribuição e é a ex-pressão pela qual ficaram conhecidas as reformas e iniciativas económicas e sociais implementadas pelo presidente dos EUA Franklin Delano Roosevelt, a partir de 1933, para ultrapassar a Grande Depressão. O New Deal assentou numa forte intervenção na Banca e nos créditos, que foram incentivados, na atribuição de prémios de produção, no reajustamento entre o nível salarial e o dos preços, na desvalorização do dólar e numa política intensiva do comércio externo.

Cultura de massas: conjunto de manifestações culturais partilhado pela maioria da população. A cultura de massas é difundida pelos mass media e típica das sociedades industriais do século XX.

Media: palavra inglesa que designa os meios de comunicação de grande impacto. Os mass media (meios de comunicação de massas) dirigem-se a um público vasto, heterogéneo e disperso.

Estandardização de comportamentos: uniformização das condutas individuais segundo um padrão socialmente aceite. Em termos sociológicos, este fenómeno é visto como um corolário da massificação social e cultural que caracteriza o século XX.

Funcionalismo: conjunto de soluções arquitetónicas inovadoras que marca o início de uma arquitetura verdadeiramente moderna. O funcionalismo une estreitamente a forma e a função numa economia de custos e racionalidade de linhas, pondo em evidência a estrutura volumétrica dos edifícios.

Realismo socialista: «Arte oficial» da União Soviética, estabelecida no período estalinista. Definida por Andrei Jdanov, em 1934, como a «descrição da realidade na sua dinâmica revolucionária», o realismo socialista dirige-se às massas, tendo como objetivo suscitar a sua adesão ao regime. Os temas remetem geralmente para o mundo proletário e a vida feliz dos trabalhadores na sociedade socialista.


Jornal anuncia crash da bolsa de Wall Street

Conceitos Módulo 7 Unidade 1

Inflação: alta geral de preços derivada de distorções existentes entre a procura dos produtos e a oferta de bens, a quantidade de moeda que circula e a produção/circulação de riquezas. Quando a oferta de bens não correspondente à procura dos compradores capazes de pagar, estes últimos, para conseguirem as mercadorias, sujeitam-se a pagar mais caro e fazem subir os preços. Em geral, a inflação tem origem na necessidade de criar meios de pagamento suplementares através, por exemplo, da emissão de papel-moeda. Tal pode ser devido, entre outros fatores, a um défice orçamental crónico ou a um aumento geral dos salários sem um correspondente aumento da produção.
Marxismo-leninismo: 
desenvolvimento teórico e aplicação prática das ideias de Marx e Engels na Rússia por Lenine. Caracterizou-se por enfatizar: 


  • o papel do proletariado, rural e urbano, na conquista do poder, pela via revolucionária e jamais pela evolução política;
  • a identificação do Estado com o Partido Comunista, considerado a vanguarda do proletariado; 
  • o recurso à força e à violência na concretização da ditadura do proletariado.

Sovietes: conselhos de camponeses, operários, soldados e marinheiros da Rússia. Os primeiros sovietes, apenas com operários, remontam à Revolução de 1905 e foram instalados nas fábricas, como focos de ligação e dinamização dos grevistas. Contidos pelo fracasso do movimento, reapareceram em fevereiro de 1917. A Revolução bolchevista de outubro buscou nos sovietes a legitimação popular e fez deles a base da futura organização de Estado da URSS.



Ditadura do proletariado: segundo a teoria marxista, é a etapa por que deve passar a revolução socialista antes da edificação do comunismo. A ditadura do proletariado surge para desmantelar a estrutura do regime burguês, possibilitando a supressão do Estado e a eliminação da desigualdade social.

Comunismo: Etapa final para que caminha a revolução proletária. Caracteriza-se pelo desaparecimento das classes sociais, pela extinção do Estado e pela instauração de uma sociedade de abundância.
Centralismo democrático: princípio básico que norteia a organização do Partido e do Estado comunista, segundo o qual todos os corpos dirigentes são eleitos de baixo para cima, enquanto as suas decisões são de cumprimento obrigatório para as bases.

Anomia social: ausência de um conjunto de normas consistente e genericamente aceite pelo grupo social. A anomia pressupõe a fragilidade e a relativização dos valores que ditam a conduta dos indivíduos. É uma característica das sociedades atuais em que as mudanças rápidas impedem a consolidação de um código social rígido.

Feminismo: movimento de contestação e luta empreendido pelas mulheres com vista ao fim da sua situação de dependência e inferioridade relativamente ao sexo masculino. As reivindicações do movimento feminista centram-se, pois, na igualdade (jurídica, social, económica, intelectual e política) entre os dois sexos.

Relativismo: abordagem científico-filosófica que admite a impossibilidade do conhecimento absoluto e acredita que o conhecimento depende das condições do tempo, do meio e do sujeito que conhece.

Psicanálise: ciência psicológica criada por Sigmund Freud que abarca um corpo doutrinal teórico (sobre o psiquismo), um método de pesquisa e um processo terapêutico. A psicanálise abriu à Psicologia um novo campo de fenómenos (o inconsciente), através do qual procura explicar comportamentos até aí tidos como inexplicáveis.

Modernismo: movimento cultural das primeiras décadas do século XX que revolucionou as artes plásticas, a arquitetura, a literatura e a música, estendendo-se também às restantes manifestações culturais. O modernismo reivindica a liberdade de criação estética repudiando todos os constrangimentos, em especial os preceitos académicos.

Vanguarda cultural: movimento inovador no campo artístico, literário ou em qualquer outra área da cultura que rejeita os cânones estabelecidos e antecipa tendências posteriores.

Fauvismo: Corrente vanguardista, marcadamente francesa, iniciada em 1905 e liderada pelo pintor Henri Matisse. Defende o primado da cor na pintura e utiliza-a com total liberdade, em tons fortes e agressivos, negligenciando. Como grupo, os fauves tiveram uma curta duração, desmembrando-se por volta de 1908.

Expressionismo: no sentido lato, designa as formas artísticas que tendem para a expressão subjetiva e emotiva. Num sentido restrito, designa uma corrente de vanguarda das três primeiras décadas do século XX, marcadamente alemã, que proclama como objetivo da arte a representação de emoções e insiste na escolha de temas fortes de índole psicológica e social.
Cubismo: movimento artístico iniciado por Picasso e Braque, cerca de 1907, que rejeita a representação do objeto em função da perceção ótica e a substitui por uma visão intelectualizada globalizante de tipo geométrico. Distingue-se entre o cubismo analítico (até 1912 sensivelmente) e o cubismo sintético (de 1912 até meados dos anos 20).

Abstracionismo: movimento artístico que rejeita o tema ligado à realidade concreta, à descrição do visível. A obra de arte abstrata procura uma linguagem universal capaz de superar as diferenças intelectuais e culturais dos espectadores.

Futurismo:
 movimento artístico criado pelo escritor F. Marinetti em 1909. Caracteriza-se pela rejeição total da estética do passado e pela exaltação da sociedade industrial. Os futuristas nutrem particular admiração pela tecnologia moderna e pela velocidade.
Dadaísmo: movimento de contestação artística que recusa todos os modelos plásticos e a própria ideia de arte. Nascido na Suíça, em 1916, o dadaísmo difunde-se internacionalmente e atinge o seu apogeu em frança, cerca de 1920. Verdadeiramente desconcertante e inovador, levando ao extremo a espontaneidade e a irreverência, Dada influenciou os mais importantes movimentos artísticos da segunda metade do século XX, como o Happening, a Pop Art e a Arte Conceptual. Diretamente, a via dadaísta desembocou, por intermédio de alguns dos seus membros (F.Picabia, Man Ray, Max Ernst, André Breton...) no movimento surrealista.
Surrealismo:
 movimento estético iniciado em França, em 1924, que, tendo aparecido no campo da literatura, se estendeu rapidamente à pintura, à escultura e ao cinema. O movimento surrealista fez a apologia da arte como mecanismo de projeção do inconsciente, recorrendo aos mais diversos maeios para expressar a realidade interior do artista.


Imagem simbolizadora de surrealismo